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terça-feira, 6 de julho de 2010

Benefícios do exercício físico no DM 2


O diabetes mellitus (DM) do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos e a incidência é maior após os 40 anos.


Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção de glicose das células musculares e adiposas, anomalia chamada de "resistência Insulínica".


O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico, pode ser necessário o uso de medicamentos orais ou sua combinação com insulina.


Na literatura já foram descritos numerosos efeitos favoráveis do exercício físico à saúde geral, especificamente promovendo a longevidade e melhorando o metabolismo da glicose no estado de resistência à insulina, além de ser uma importante ferramenta na prevenção do diabetes mellitus do tipo II em indivíduos de alto risco.


Primeiramente considero importante diferenciar o conceito de exercício físico e de atividade física.


  • A atividade física é definida como: "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso", exemplo: varrer, plantar, atividades diárias, entre outros.

  • Exercício Físico: qualquer atividade física que mantém ou aumenta a aptidão física em geral e tem o objetivo de alcançar a saúde. A razão da prática de exercícios inclui: o reforço da musculatura e do sistema cardiovascular, a perda de peso. Exemplo: corrida, caminhada, ciclismo, musculação.

A ADA (American Diabetes Association - 2010) recomenda para pacientes diabéticos a realização de pelo menos 150min/semana de exercício físico aeróbico de moderada intensidade (ou seja, atingindo 50 a 70% da freqüência cardíaca máxima). Na ausência de contra-indicações, pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) devem ser encorajados a realizar treinos de resistência, pelo menos 3 vezes por semana.


A justificativa deste recomendação está na melhora do controle glicêmico, induzida pelo exercício regular, além da diminuição de fatores de risco cardiovasculares, contribuição para perda ponderal e bem-estar.


Pacientes com múltiplos fatores de risco para doença arterial coronariana, assintomáticos, deveriam ser submetidos a testes que identificassem em que nível de atividade física tornam-se mais susceptíveis a apresentar complicações, de modo que aqueles com alto risco sejam encorajados a iniciar os exercícios por curtos períodos.


Enfatiza-se que pode haver restrição do exercício naqueles pacientes que já apresentem complicações micro ou macrovasculares do DM II (retinopatia; neuropatia periférica; albuminúria e controle metabólico não otimizado). Nestes casos, o ideal é sempre consultar um especialista para obter maiores informações e ver o que é mais adequado ao estado de saúde.


Fonte: American Dietetic Association, 2010; Sociedade Brasileira de Diabetes, 2010.

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