Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção de glicose das células musculares e adiposas, anomalia chamada de "resistência Insulínica".
O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico, pode ser necessário o uso de medicamentos orais ou sua combinação com insulina.
Primeiramente considero importante diferenciar o conceito de exercício físico e de atividade física.
- A atividade física é definida como: "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso", exemplo: varrer, plantar, atividades diárias, entre outros.
- Exercício Físico: qualquer atividade física que mantém ou aumenta a aptidão física em geral e tem o objetivo de alcançar a saúde. A razão da prática de exercícios inclui: o reforço da musculatura e do sistema cardiovascular, a perda de peso. Exemplo: corrida, caminhada, ciclismo, musculação.
A ADA (American Diabetes Association - 2010) recomenda para pacientes diabéticos a realização de pelo menos 150min/semana de exercício físico aeróbico de moderada intensidade (ou seja, atingindo 50 a 70% da freqüência cardíaca máxima). Na ausência de contra-indicações, pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) devem ser encorajados a realizar treinos de resistência, pelo menos 3 vezes por semana.
A justificativa deste recomendação está na melhora do controle glicêmico, induzida pelo exercício regular, além da diminuição de fatores de risco cardiovasculares, contribuição para perda ponderal e bem-estar.
Pacientes com múltiplos fatores de risco para doença arterial coronariana, assintomáticos, deveriam ser submetidos a testes que identificassem em que nível de atividade física tornam-se mais susceptíveis a apresentar complicações, de modo que aqueles com alto risco sejam encorajados a iniciar os exercícios por curtos períodos.
Enfatiza-se que pode haver restrição do exercício naqueles pacientes que já apresentem complicações micro ou macrovasculares do DM II (retinopatia; neuropatia periférica; albuminúria e controle metabólico não otimizado). Nestes casos, o ideal é sempre consultar um especialista para obter maiores informações e ver o que é mais adequado ao estado de saúde.
Fonte: American Dietetic Association, 2010; Sociedade Brasileira de Diabetes, 2010.
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