Do total de um bilhão de pessoas que vivem com fome, 642 milhões estão na Ásia e no Pacífico, 265 milhões na África Subsariana, 53 milhões na América Latina e Caribe, 42 no Oriente Médio e norte da África e 15 milhões em países desenvolvidos. A FAO estima que a produção agrícola global precise aumentar em 70% para alimentar uma população estimada em nove bilhões de pessoas em 2050.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
FAO propõe mobilização na luta contra a fome
Do total de um bilhão de pessoas que vivem com fome, 642 milhões estão na Ásia e no Pacífico, 265 milhões na África Subsariana, 53 milhões na América Latina e Caribe, 42 no Oriente Médio e norte da África e 15 milhões em países desenvolvidos. A FAO estima que a produção agrícola global precise aumentar em 70% para alimentar uma população estimada em nove bilhões de pessoas em 2050.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Benefícios do exercício físico no DM 2
Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção de glicose das células musculares e adiposas, anomalia chamada de "resistência Insulínica".
O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico, pode ser necessário o uso de medicamentos orais ou sua combinação com insulina.
Primeiramente considero importante diferenciar o conceito de exercício físico e de atividade física.
- A atividade física é definida como: "qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso", exemplo: varrer, plantar, atividades diárias, entre outros.
- Exercício Físico: qualquer atividade física que mantém ou aumenta a aptidão física em geral e tem o objetivo de alcançar a saúde. A razão da prática de exercícios inclui: o reforço da musculatura e do sistema cardiovascular, a perda de peso. Exemplo: corrida, caminhada, ciclismo, musculação.
A ADA (American Diabetes Association - 2010) recomenda para pacientes diabéticos a realização de pelo menos 150min/semana de exercício físico aeróbico de moderada intensidade (ou seja, atingindo 50 a 70% da freqüência cardíaca máxima). Na ausência de contra-indicações, pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) devem ser encorajados a realizar treinos de resistência, pelo menos 3 vezes por semana.
A justificativa deste recomendação está na melhora do controle glicêmico, induzida pelo exercício regular, além da diminuição de fatores de risco cardiovasculares, contribuição para perda ponderal e bem-estar.
Pacientes com múltiplos fatores de risco para doença arterial coronariana, assintomáticos, deveriam ser submetidos a testes que identificassem em que nível de atividade física tornam-se mais susceptíveis a apresentar complicações, de modo que aqueles com alto risco sejam encorajados a iniciar os exercícios por curtos períodos.
Enfatiza-se que pode haver restrição do exercício naqueles pacientes que já apresentem complicações micro ou macrovasculares do DM II (retinopatia; neuropatia periférica; albuminúria e controle metabólico não otimizado). Nestes casos, o ideal é sempre consultar um especialista para obter maiores informações e ver o que é mais adequado ao estado de saúde.
Fonte: American Dietetic Association, 2010; Sociedade Brasileira de Diabetes, 2010.
terça-feira, 16 de março de 2010
Meu Ponto de Vista:Ração Humana
quarta-feira, 3 de março de 2010
GORDURAS TRANS X GORDURAS INTERESTERIFICADAS
Ressalta-se que não há informação disponível que mostre benefícios à saúde a partir do seu consumo.
Assim, a interesterificação (randomização dos ácidos graxos) da gordura está surgindo como uma alternativa “saudável” (?) às gorduras trans, por meio da inserção de ácidos graxos saturados, tipicamente o ácido esteárico (18:0), de modo a ter uma consistência comparável às preparações com gorduras trans.
Entretanto, assim como acontece com as gorduras trans, este processo também altera a estrutura natural dos triglicerídeos, podendo afetar o metabolismo lipoprotéico e o processo aterogênico.
SUNDRAM, Kalyana et. al., hipotetizaram que a modificação química dos óleos vegetais, tanto a gordura parcialmente hidrogenada quanto a interesterificada, não devem ter o mesmo impacto metabólico que uma gordura saturada natural, rica em ácidos graxos palmítico (16:0) e oléico (18:1).
Assim, estes autores realizaram um estudo, denominado “Stearic acid-rich interesterified fat and trans-rich fat raise the LDL/HDL ratio and plasma glucose relative to palm olein in humans” (tradução literal: “Ácido graxo esteárico interesterificado e gordura trans aumentam a relação LDL/HDL e glicose plasmática quando comparados com o óleo de palma, em humanos”), onde realizou-se uma comparação entre os ácidos graxos trans e as gorduras interesterificadas com uma gordura saturada não modificada, quanto ao impacto nos lipídeos sangüíneos e na glicose plasmática.
Tratou-se de um ensaio clínico cruzado onde 30 voluntários humanos foram alimentados com dietas com controlado teor de gordura total (aprox. 31% da energia diária, sendo que mais de 70% era o tipo de gordura do teste- óleo de palma, gordura trans ou gordura interesterificada) e composição de ácidos graxos, por um período de 4 semanas. Cada indivíduo consumiu todos os ingredientes das três dietas alimentares com uma rotação aleatória, durante as quatro semanas
Depois de 4 semanas, as lipoproteínas plasmáticas, o perfil de ácidos graxos, assim como a glicose de jejum e a insulina, foram avaliados.
Ambas as gorduras modificadas (trans e interesterificada) alteraram adversamente o metabolismo das lipoproteínas plasmáticas e da glicose sanguínea, em humanos. Ressalta-se que a glicemia em jejum foi significativamente maior e os valores de insulina foram significativamente menores após a dieta com gordura interesterificada, quando comparada com o consumo da gordura trans e do óleo de palma.
Estes resultados demonstram que uma suposta “alternativa saudável” às gorduras trans pode apresentar tantos ou até mais malefícios à saúde.
Mais investigações são necessárias antes da disseminação do processo de interesterificação das gorduras como substituição da gordura vegetal parcialmente hidrogenada.
Fonte:
1- SUNDRAM, Kalyana; KARUPAIAH, Tilakavati e HAYES, KC. Stearic acid-rich interesterified fat and trans-rich fat raise the LDL/HDL ratio and plasma glucose relative to palm olein in humans. Nutr Metab. 2007;4:3. Disponível em:www.nutritionandmetabolism.com
2- ANVISA. Gorduras Trans. Disponível em: www.anvisa.gov.br/alimentos/gordura_trans.pdf
terça-feira, 2 de março de 2010
Dicas para evitar as perdas de vitaminas hidrossolúveis dos vegetais durante o preparo
Para evitar grandes perdas de vitaminas dos vegetais, alguns cuidados na hora do preparo podem ser tomados, assim, ao invés de deixar os vegetais em água fervente, prefira: cozinhar os vegetais no vapor, no microondas ou refogá-los rapidamente, diminuindo o tempo de contato em que ficam expostos ao calor.
Os vegetais devem ser cortados apenas no momento do seu preparo e/ou consumo, para que sua superfície permaneça o mínimo de tempo em contato com o ar. Além disso, baixas temperaturas ajudam a preservar as vitaminas. Portanto, os vegetais processados devem ser refrigerados.
Receita integral: Cookies de aveia
- 2 xícaras de aveia em flocos;
- 1 xícara de farinha de trigo;
- 2 ovos;
- 2/3 xícara de óleo;
- 1 xícara de açúcar mascavo;
- 1 colher de sopa de canela;
- 1 colher de sopa de fermento;
- 1 maçã/ banana picada em pedaços pequenos;
- 1/2 xícara de passas ou castanhas ou nozes.
Modo de fazer:
Juntar todos os ingredientes em um recipiente, misturá-los, e colocar em colheradas em uma forma untada.
Assar em fogo baixo por aproximadamente 15 a 20 minutos.
* Dica: A canela é um alimento rico em polifenóis e alguns estudos têm indicado que sua ingestão pode reduzir a glicemia pós prandial e a taxa de esvaziamento gástrico em sujeitos saudáveis.
Fibras - Como e por que consumí-las
As fibras são carboidratos complexos que são classificados conforme sua solubilidade. Assim, existem 2 tipos de fibras: solúveis e insolúveis. As fibras solúveis são representadas pela pectina (frutas) e pelas gomas (aveia, cevada e leguminosas: feijão, grão de bico, lentilha e ervilha). Estas fibras reduzem o tempo de trânsito gastrointestinal e a absorção enteral do colesterol. O farelo de aveia é o alimento mais rico em fibras solúveis e pode, portanto, diminuir moderadamente o colesterol sangüíneo.
Já as fibras insolúveis não atuam sobre os níveis de colesterol sanguíneo, mas aumentam o bolo fecal, regularizam o funcionamento intestinal, prevenindo a constipação e proporcionam saciedade, auxiliando na redução da ingestão calórica. São representadas pela celulose (trigo), hemicelulose (grãos) e lignina (hortaliças).
Considerando o papel auxiliar das fibras no perfil lipídico, a IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2007), recomenda o consumo de 20 a 30 gramas por dia, sendo 5 a 10 gramas de fibras solúveis "como medida adicional para redução do colesterol".
Como você pode melhorar seu consumo de fibras? A resposta é simples: Incluindo frutas, hortaliças, grãos e cereais integrais na sua alimentação. Não há necessidade de uma mudança radical nos seus hábitos alimentares para que as fibras sejam incluídas na alimentação, medidas simples podem modificar o aporte de fibras da sua dieta, como, por exemplo: substituir suco por fruta in natura, bem como pão branco pelo pão integral, consumir frutas e vegetais (crus e cozidos), diariamente. Você também pode acrescentar 1 colher de sopa de aveia diariamente no seu leite, ou fazer mingau de aveia, ou comer frutas picadas com iogurte e aveia, fazer bolos com aveia, linhaça ou farinha integral.
Salienta-se que o consumo excessivo de fibras (maior que 40g) pode desencadear efeitos indesejáveis, como desconfortos gastro-intestinais (exemplo: flatulência), além de poderem interferir na absorção de alguns minerais. Assim, o ideal é incluir gradualmente a fibra no seu cardápio, sempre preferindo alimentos naturais. Outra dica importante para quem aumenta o aporte de fibras da dieta é aumentar proporcionalmente a ingestão hídrica, pois as fibras insolúveis têm o efeito de aumentar o bolo fecal, mas se o organismo não estiver bem hidratado, este bolo fecal ficará endurecido, o que pode levar à constipação.
Aproveite todos os benefícios proporcionados pelas fibras e as inclua no seu cardápio!
Bibliografia Consultada:
1- IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, Sociedade brasileira de Cardiologia- DA,2007.
2- Tabela Brasileira de composição de alimentos/NEPA-UNICAMP- Versão II - 2.ed- Campinas,SP: NEPA-UNICAMP,2006